segunda-feira, 4 de março de 2013

Strange Days



É bem como ele disse mesmo, nos dias estranhos saio de 
casa e vejo apenas o quanto as pessoas são estranhas.
Eu não deveria estar ali e nem sei pra onde ir.
Elas veem mas, não enxergam.
Não me sinto bem...
Não há um lugar ao qual eu pertença
Talvez por não querer pertencer a lugar nenhum
Talvez só por não saber.

Eu vi minha loucura de perto e não a achei atraente.
Eu vi o fundo e tentei voltar.
Eu vi o desprezo, o descaso, o desafeto...

E depois de tudo não me restou muitos motivos
Um pouco de comodismo e solidão.
Não é como se elas conseguissem me alcançar
Como se soubessem ajudar ou lidar com isso.
Não há mais o que fazer.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Fazendo medo



Eles chegam sem avisar, com um sorriso amigo.
Na sua ausência me fazem companhia, respondendo a todas minhas perguntas.
Alimentam minha duvida e não deixam que eu esqueça.
Você supostamente fez aquilo?
Eles insistem que sim...
Essa falsa companhia insiste em te atormentar, em me usar como instrumento para tal.
Insistem, insistem e não esquecem.
Para te alcançar, para te ferir, para te fazer chorar.
E sem motivos faço o que eles sugerem, vou em frente...
E o objetivo?
Se alcançado, promete uma sensação de dever cumprido, promete preencher esse 
vazio que eles mesmo causaram.
Mas, não faz sentido.
Te fazer chorar me causa medo.
Te fazer medo me faz chorar.
Não vem de mim....


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Não Basta



Acontece como em todas as outras vezes.
Vai e vem, volta e vai.
E tudo se repete, sempre da mesma maneira.
Como um filme mudo, como um disco quebrado.
Tão difícil conjugar aquele verbo.
Amar.
Como amar,? Porque amar?
Quem amar?
...
E no meio de nossas vidas escolhemos alguém.
Alguém que nos faça rir, chorar talvez.
Alguém que aceite nosso amor e que seja reciproco.
E o amor se torna banal, conjugal, vira rotina.
Amar de manhã, amar depois do almoço.
Amar agora ou depois?
E vai passando, passando e amando.
E com as horas, os dias e meses, continua sendo amor.
Amor que briga, amor que consola, amor que namora.
E só amor não basta.
Não basta ter o brilho no olhar.
Não basta ser sincero e doce.
Tem que ser ardente, tem que ser veloz.
Tem que ter carinho, tem que ter beijinho.
Mas, precisa mesmo é ter emoção.
Não basta só ser amor.

domingo, 7 de outubro de 2012

Utopia de Faces



Imagine um lugar onde todos são revolucionários, onde todos tem os melhores gostos?
Imagine que esse lugar era habitado por pessoas de boa índole e todos se amavam, lindos e felizes.
E se algum animal era maltratado, todos estavam lá para fazer justiça.
Se alguma criança passasse fome, todos tinham comida para distribuir.
Era um lugar lindo, todos se conheciam, eram amigos e compartilhavam tudo de suas vidas.
Essas pessoas tinham a capacidade de modificar tudo ao seu redor, só através de palavras.
Quando algo estava errado, eles falavam, falavam muito.
Nunca precisavam sair de suas casas, se levantar de seus assentos; o poder estavam na ponta de seus dedos e de suas bocas.
Infelizmente sobre esse mundo foi jogado uma maldição.
Varias catástrofes foram acontecendo e por mais que eles falassem, por mais que eles se esforçassem, nada mudava. Suas palavras não tinham poder, ele não conseguiam se levantar de seus assentos e nem sair de suas casas. Eles não conseguiriam mais mudar o mundo com suas palavras.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Velhos Amores


Algumas coisas eu sinto falta,
Falta do que foi realmente bom.
Não foram tantos meses desperdiçados.
Fica com experiência de vida.
Depois que "passa" pensamos saber realmente a importância que foi.
Verdadeiro ou não.
Ilustrativo ou não.
Eu me diverti e aprendi,
Pena que o amadurecimento não foi mutuo,
O que faz com que tudo se perca
E nem uma amizade floresça.


domingo, 2 de setembro de 2012



   Lembro de ter sentido um segundo de duvida, porém, eles já estavam ali e eu tinha que seguir em frente. Uma garrafa cheia, um frasco com comprimidos, eu sabia que não seria o suficiente então, apelei para algo bem mais clichê. Foi rápido, tão rápido que quase não senti dor, apenas uma ardência que se misturava com o liquido que escorria e de certa forma aliviava.
   Então, fiquei sentado, apreciando aquela vista familiar mas, hoje tinha algo de diferente, é claro que teria. O sol brilhava intensamente, os pássaros brincavam no quintal e o vento trazia o aroma das flores até mim.
Já havia perdido a noção do tempo, não me importava mais, já estava na hora de ir, eu havia feito a escolha e eles já estavam ao meu lado para me levar.
   Tão tranquilamente como quando iniciei tudo isso, me levantei e os segui, sem remorsos, nem medo. Na verdade uma sensação de alivio percorria todo o meu corpo, e de certa forma, ao deixar tudo isso para trás eu pudesse recomeçar e talvez eu até tivesse uma chance. E mesmo que não tivesse, por um longo tempo eu habitaria o vazio e a calma me habitaria, até que tudo recomeçasse.

Recordações de um suicida.

sábado, 25 de agosto de 2012

O Namorado da Minha Amiga


Ele sempre chega atrasado,
Com mil historias inventadas.
Ele tem uma tendência gay.
Paquerando com os boysinhos na frente dela.
Ele tem casos com as ex, com a atual e com as futuras.
Distribuindo elogios aos sete ventos.
O namorado da minha amiga não serve para ela.
Ele é ciumento, brega e um pouco tosco.
Mas, ele é o namorado dela.
Aquele que a beija antes de dormir.
Aquele que a faz sorrir.
Aquele que as vezes dança.
No fundo ele é gente fina.
Porém, ele é o namorado da minha amiga.